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sábado, 4 de fevereiro de 2012

O herói


 
Onde esta o herói?
Será que se perdeu?
Ou será que o importante
Já não sou mais eu?

O fato da briga
A guerra iniciada
Talvez esta seja a verdade
Talvez eu seja a verdadeira malvada.

Seu passado te condena
Seu presente te inocenta
O vilão que aqui se mostra
Não passa de outro fantasma que te lembra.

O herói que apenas salva
O faz tentando se purificar
Sua alma já não importa
Só se lembra de lutar.

O medo de ferir
O choro que o envolve
O coração que o faz sentir
O amor que o move.

Um suspiro vazio
A culpa por não ter salvo
A dor por ter sido derrotado
O adeus por não ter suportado.

segunda-feira, 2 de janeiro de 2012

Louca


Me dizem que sou louca,
E louca até posso ser.
Por amar o diferente,
E ver o que ninguém vê.

Já vi tanta criança,
Sentada a chorar,
Por ver que seus amigos,
Só sabiam ignorar.

Já vi tanto inocente,
A morte levar,
Pelo ódio e intolorância,
Estampado no olhar.

Trancados em suas casas,
Não conseguem mais conviver.
Se escondendo de si mesmos,
Quem poderá nos socorrer?

Me chamam de louca,
E louca até posso ser.
Mas com sorriso no rosto,
Enfim feliz irei permanecer.

quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ilusões

Sussurros reverberam seu nome como gotas de uma torneira mal fechada
Enquanto meus olhos escondem a vontade por trás de uma boca calada
Tenho tentado dissolver o desalento do cotidiano com sonhos insanos
Mas a sensação de tirar o fôlego que é te perder ao acordar causa-me sérios danos.

Sua face tão intangível aos meus dedos trêmulos e desesperados
Acomete-me com dores peculiares de dois corações injustamente separados
Tento ignorar esses rumorejos de ilusões falsas, fingindo não ver o eminente
Porém tenho fadigado-me ao ousar-me afastar o que está bem à minha frente.

Como posso viver nesse marasmo de dias estáticos e sem solução?
Tenho inspirado meu amor e expirado o vento gélido de um estaqueado coração
Não consigo aceitar o fato de fracassar em pintar um ponto final nesses devaneios
Talvez seja isso, posso estar fadada àquelas paixões recônditas, sem rumo ou freio.

Minha parte sã tem alertado-me que essas visões fictícias são inclementes e perniciosas
Costurando um futuro impossível, tampando as inescapáveis realidades tenebrosas
Por trás do aconchego e torpor das quimeras pueris, á o incontestável despertar
Escondendo-se para atacar-me com sua lancinante dor, àquela que se sente ao amar.
Fernanda Bolivar

sexta-feira, 16 de dezembro de 2011

Filhos da Revolução

Você está ouvindo esse rumorejo?
Crianças macilentas suplicando de fome enquanto escrevo
Almas inocentes sendo flageladas pela injustiça nefasta
Inaudíveis, apenas morrendo enquanto o tempo se arrasta.

O mundo se preocupa em nutrir seu egocentrismo
Nos mesmos segundos que purezas vão caindo cegamente num abismo
Escuro, torpe, sem solução
Multidões querendo futilidades e cada um jogando fora seu próprio coração.

Jovens dizendo-se filhos da revolução balbuciam palavras vitupérias por possuir tudo
Vidas dissipam-se com um ruído assustadoramente mudo
Os meses vão transcorrendo juntamente ao estático da mesmice inerte
Pessoas jorrando lágrimas e outras assistindo-as enquanto se divertem.

Com um cérebro atrofiado e ideais esmiuçados pela alienação
E sem chance de vencer ficam aqueles que querem a salvação
Que desejam um lugar onde possam sorrir sem representar e se expressar sem receio
Buscando uma saída para um problema que ainda não inventaram freio.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Tô me afastando de tudo que me atrasa, me engana, me segura e me retém.
Tô me aproximando de tudo que me faz completo, me faz feliz e que me quer bem. 
Tô aproveitando tudo de bom que essa nossa vida tem. 
Tô me dedicando de verdade pra agradar um outro alguém. 
Tô trazendo pra perto de mim quem eu gosto e quem gosta de mim também. 
Ultimamente eu só tô querendo ver o ‘bom’ que todo mundo tem.
Relaxa, respira, se irritar é bom pra quem? Supera, suporta, entenda: isento de problemas eu não conheço ninguém. 
Queira viver, viver melhor, viver sorrindo e até os cem. 
Tô feliz, to despreocupado, com a vida eu to de bem.
Caio Fernando Abreu

quarta-feira, 14 de dezembro de 2011

Dá medo

Dá medo...
Das incertezas do dia seguinte
Do viver sem sentido, sem razão.
Da monotonia das noites vazias.
Sem esperança ou motivação.

Dá medo...
De perder as palavras totalmente
E romantismo nelas não mais haver
Dos pensamentos não te alcançarem
E dos meus olhos, você esquecer.

Dá medo...
De não achar refugio nas tempestades
E nas revoltas ondas do mar dolente
Sofrer a angustia torpe de perceber
O frio cortante do seu olhar ausente.

Dá medo...
De sufocado e envolvido pela culpa
O amor ser varrido totalmente
E nossos sonhos serem todos banidos
E levados de nós, pelo vento quente.

Dá medo...
De nossas almas fadadas ao exílio
Em cem, mil dias de solidão.
De lagrimas vertidas, inutilmente.
De sentir frio e vazio o coração.

Dá medo...
De no limiar da minha vida, concluir.
Que o anoitecer esperado foi esquecido
Que a porta sempre aberta, não existiu.
De nas suas madrugadas, eu nunca ter existido!

terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Estas alegrias violentas, têm fins violentos
Falecendo no triunfo, como fogo e pólvora
Que num beijo se consomem.

William Shakespeare