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quarta-feira, 21 de dezembro de 2011

Ilusões

Sussurros reverberam seu nome como gotas de uma torneira mal fechada
Enquanto meus olhos escondem a vontade por trás de uma boca calada
Tenho tentado dissolver o desalento do cotidiano com sonhos insanos
Mas a sensação de tirar o fôlego que é te perder ao acordar causa-me sérios danos.

Sua face tão intangível aos meus dedos trêmulos e desesperados
Acomete-me com dores peculiares de dois corações injustamente separados
Tento ignorar esses rumorejos de ilusões falsas, fingindo não ver o eminente
Porém tenho fadigado-me ao ousar-me afastar o que está bem à minha frente.

Como posso viver nesse marasmo de dias estáticos e sem solução?
Tenho inspirado meu amor e expirado o vento gélido de um estaqueado coração
Não consigo aceitar o fato de fracassar em pintar um ponto final nesses devaneios
Talvez seja isso, posso estar fadada àquelas paixões recônditas, sem rumo ou freio.

Minha parte sã tem alertado-me que essas visões fictícias são inclementes e perniciosas
Costurando um futuro impossível, tampando as inescapáveis realidades tenebrosas
Por trás do aconchego e torpor das quimeras pueris, á o incontestável despertar
Escondendo-se para atacar-me com sua lancinante dor, àquela que se sente ao amar.
Fernanda Bolivar

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